"Crise no IBGE levanta preocupações sobre possível interferência política nas estatísticas oficiais"
- Andre neto
- 25 de set. de 2024
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A atual crise no IBGE tem alimentado suspeitas de uma possível influência política sobre as estatísticas oficiais do país. O cenário gera inquietação entre especialistas, que alertam para a importância de preservar a integridade dos dados produzidos pela instituição. A situação levanta questionamentos sobre a independência do órgão e seu papel crucial na elaboração de políticas públicas baseadas em informações confiáveis e imparciais.
Um ano após o economista petista Márcio Pochmann assumir a presidência do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), emergiu uma crise interna da instituição, revelada pelo protesto público de seus servidores contra mudanças “arbitrárias e sem transparência” tocadas por sua gestão.
A inédita tensão entre um presidente do IBGE e técnicos do órgão defendidos pelo seu sindicato tornou explícita uma disputa pelo controle político dos números oficiais do país, prevista por críticos de Pochmann desde sua indicação ao cargo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Na sexta-feira (20), o Sindicato dos Trabalhadores em Fundações Públicas Federais de Geografia e Estatística (Assibge) convocou para esta quinta-feira (26), às 10h, um ato em frente à sede do IBGE, no Rio. A ação exige o fim da “postura autoritária” de Pochmann e diálogo sobre alterações no instituto.
A entidade contesta, entre outros pontos, o fim do trabalho remoto, mudanças de locais de trabalho, alterações no estatuto do IBGE, novo organograma gerencial e, sobretudo, a criação de uma fundação pública de direito privado, a IBGE+, também chamada pelos críticos de “IBGE paralelo”.
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